A greve dos rodoviários na Grande Ilha de São Luís persiste pelo terceiro dia consecutivo, deixando a população sem acesso ao transporte público. Esta quinta-feira (8) pode ser decisiva, com uma nova rodada de negociação agendada para as 14h, na qual a categoria irá avaliar uma nova contraproposta sobre o reajuste salarial.
A falta de ônibus tem levado os cidadãos a buscar alternativas como mototáxis, vans, táxis lotação e aplicativos de transporte, especialmente preocupante às vésperas do carnaval, que começa amanhã. A Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) estão engajadas nas negociações, buscando evitar reajustes tarifários e mediar um acordo satisfatório entre as partes.
A reunião de terça-feira (6) terminou sem um acordo definitivo, apesar de progressos significativos nas discussões sobre reajustes salariais e benefícios. A categoria reivindica um reajuste de 10% para motoristas e cobradores e 20% para aqueles em dupla função, enquanto a contraproposta patronal não atendeu às expectativas, especialmente em relação ao ticket alimentação e manutenção do plano de saúde.
Uma determinação judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16) exigia que 50% da frota de ônibus circulasse durante a greve, sob pena de multa diária. No entanto, a ordem não foi cumprida, com a totalidade dos veículos permanecendo inativos, o que agrava a situação do transporte público na região.
A continuidade da greve, apesar da determinação judicial e das negociações em curso, destaca a complexidade dos desafios enfrentados pelos trabalhadores do setor, as empresas de ônibus e os órgãos públicos. A resolução do impasse é urgente, não apenas para restaurar os serviços essenciais de transporte, mas também para evitar impactos maiores nas festividades do carnaval, um evento de significativa importância cultural e econômica para a região.
O desfecho das negociações desta tarde é aguardado com expectativa, tanto pelos rodoviários quanto pela população, ansiosa por uma solução que ponha fim à paralisação e restaure a normalidade no transporte público da Grande Ilha de São Luís.
