Um avião da LATAM Airlines com mais de 220 passageiros a bordo foi forçado a retornar ao Aeroporto Internacional de São Luís nesta terça-feira (6), logo após a decolagem, devido a problemas técnicos não especificados. Os passageiros relataram uma experiência tensa, enquanto a aeronave sobrevoou municípios próximos à capital maranhense por quase duas horas antes de conseguir pousar em segurança.
O voo A321, que estava programado para se dirigir a Guarulhos, enfrentou dificuldades técnicas apenas 15 minutos após decolar às 12h53. Segundo informações do FlightRadar24, uma plataforma que monitora voos em tempo real, os pilotos iniciaram manobras circulares a uma altitude de 10 mil pés (aproximadamente 3.000 metros) para avaliar a situação e proceder com a redução de peso do avião, consumindo combustível antes de realizar um pouso seguro às 14h15.
Relatos indicam que o problema estaria relacionado a falhas no computador de bordo, embora não haja confirmação oficial sobre a natureza exata do problema. A LATAM Brasil, por meio de uma nota oficial, confirmou que a aeronave retornou ao aeroporto de São Luís para “uma manutenção corretiva não programada” e que o voo foi cancelado. A companhia assegurou que o pouso foi realizado em completa segurança e que todos os passageiros seriam acomodados em outros voos para Guarulhos, além de lamentar os inconvenientes causados.
No aeroporto, a confusão reinava entre os passageiros, que se viram em longas filas sem informações claras sobre quando poderiam embarcar em novos voos. Algumas pessoas relataram que, até o início da noite, ainda estavam sem previsão de embarque.
A situação levou à intervenção do Procon-MA, que esteve no local para registrar as denúncias dos consumidores afetados pela interrupção do serviço. O órgão autuou a LATAM Airlines por falha na prestação do serviço, fundamentando sua ação no Código de Defesa do Consumidor, e prometeu seguir com as investigações para garantir os direitos dos passageiros.
Este incidente destaca a importância de mecanismos de monitoramento e resposta rápida em casos de falhas técnicas em voos, além de reforçar a necessidade de transparência e eficiência no atendimento a passageiros afetados por cancelamentos e atrasos, conforme estabelecido por regulamentações de aviação civil e direitos do consumidor.