O piloto Edson Ruy Cordeiro Marques, que pilotava o avião de pequeno porte que caiu nesta quinta-feira (27), em Raposa, na Região Metropolitana de São Luís, já esteve envolvido em outro acidente aéreo com um monomotor neste ano.
A aeronave, de prefixo PP-DJG, que estava em um voo de teste após manutenção, tinha seu Certificado de Aeronavegabilidade suspenso, conforme registros da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O primeiro incidente aconteceu no dia 27 de abril. Edson Ruy fez um pouso de emergência em um campo de hortaliças em Raposa. O monomotor ficou completamente destruído após o impacto, causando ferimentos leves ao piloto e a outro ocupante, que foram encaminhados a um hospital local.
De acordo com a ANAC, a aeronave, utilizada como táxi aéreo, estava com o registro de operação negado devido à suspensão do Certificado de Aeronavegabilidade.
Na tarde de ontem, o piloto Edson Ruy estava novamente envolvido em um acidente aéreo. A aeronave que ele pilotava caiu nas proximidades do aeroporto de Raposa, conforme confirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Maranhão, Célio Roberto.
Além de Marques, Wilson Craveiro de Sá Neto também estava a bordo. Ambos tiveram ferimentos leves e foram levados para hospitais em São Luís. Imagens que circulam na internet mostram que a aeronave colidiu com um muro do aeroporto de Raposa antes de cair entre as árvores.
O Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da ANAC aponta que a aeronave envolvida no acidente de ontem, um monomotor modelo 172P, fabricado em 1981 pela Cessna Aircraft, estava com o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado. O Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) venceu em maio de 2017 e não havia sido renovado. Além disso, a aeronave já estava danificada devido a um acidente anterior.
A ANAC também informou que a aeronave era normalmente usada como táxi aéreo, mas o Registro Aeronáutico Brasileiro mostra que o monomotor estava com operação negada para táxi aéreo. O avião foi comprado em novembro de 2022 por Ivan de Jesus Araújo Santos, que também aparece como operador registrado da aeronave.
