Uma polêmica tomou conta das discussões sobre inclusão escolar em São Luís na noite desta sexta-feira (3). O delegado de Polícia Civil, Davi Nolêto, acusou o colégio Educallis de recusar a matrícula de seu filho, um menino de cinco anos com diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O caso veio à tona após o próprio delegado publicar um vídeo denunciando a instituição de ensino. Segundo Nolêto, apesar do excelente desempenho acadêmico do filho nas disciplinas de Português e Matemática, o colégio teria negado a vaga com base na condição do seu filho.
Confira:
A denúncia ganhou ampla visibilidade nas redes sociais, principalmente após o Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol) emitir uma nota de repúdio ao ato da escola, acusando-a de cometer um ato de “desumanidade” e de ir contra os princípios da Educação Inclusiva.
“É um duro golpe à humanidade, principalmente quando afeta a família de um homem que, assim como os demais membros da Polícia Civil, se dedica a proteger as famílias maranhenses, inclusive das discriminações que ele próprio agora enfrenta”, afirmou o Sinpol no comunicado.
O delegado, em seu vídeo, expõe parte da conversa que teve com uma funcionária da Educallis, na qual ela menciona a inexistência de vaga para o caso específico do seu filho, a menos que se abrisse uma matrícula especial para ele. No entanto, a escola contestou a acusação de discriminação, argumentando que na data da procura do pai pelo estabelecimento, as vagas para a turma destinada a crianças atípicas já estavam preenchidas, colocando o menino na lista de espera.
A situação levanta questões sensíveis sobre inclusão e os direitos de crianças com necessidades especiais no ambiente educacional. A resposta da Educallis, embora tente justificar a situação com base em limitações logísticas, não atenuou a indignação pública e a solidariedade para com a família Nolêto, que busca justiça e igualdade para seu filho.
Confira a nota completa do Colégio Educallis: