O portal SLZ.Online teve acesso a um documento oficial que revela detalhes de um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado contra o 2º Tenente QOPM Cássio de Almeida Soares, da Polícia Militar do Maranhão, após episódios de desrespeito contra seu próprio superior hierárquico, o capitão Breno Marques Cruz, morto por ele nesta quinta-feira (29), no quartel da PMMA, em São Luís. O inquérito foi aberto no dia 24 de março de 2025 e tem como base declarações feitas por Cássio em sala de aula, no dia 31 de janeiro do mesmo ano, na presença de alunos do Curso de Formação de Oficiais (CFO I), na Academia de Polícia Militar “Gonçalves Dias”.
Segundo o relatório, o tenente Cássio teria se manifestado de forma desrespeitosa contra o capitão QOPM Breno Marques Cruz, utilizando expressões ofensivas como: “Eu não tô nem aí pro Breno, quero que ele se f*da lá na casa do ca*****”. Em outro trecho, ele ainda declarou: “Breno é assistente do comandante, não tá dando conta nem do serviço dele e quer se meter no CA”, fazendo referência ao Curso de Aperfeiçoamento da PM.

As informações constantes no IPM reforçam a linha de investigação sobre a motivação do crime, que estaria relacionada a conflitos anteriores entre o tenente e o capitão. Segundo relatos, Cássio teria como alvo também outro oficial, o capitão Villar, mas como não o encontrou na academia, acabou atirando contra o capitão Breno.

Vítima: Capitão Breno
O capitão Breno chegou a ser socorrido e levado a uma unidade hospitalar da capital, mas não resistiu aos ferimentos. O tenente foi detido no local. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.
Confira a nota da SSP-MA sobre o caso:
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) lamentam profundamente o crime que tirou a vida do capitão Breno Marques, comandante do Corpo de Alunos da Academia de Oficiais da Polícia Militar Gonçalves Dias, morto a tiros nesta quinta-feira (29).
Informa, ainda, que o tenente suspeito do crime foi preso logo após o ato e autuado em flagrante. No momento, ele presta depoimento à polícia no Quartel do Comando Geral.
Todos os fatos estão sendo apurados para que sejam esclarecidas as circunstâncias e a motivação do crime, e para que o suspeito seja punido de forma exemplar.