A Polícia Civil do Maranhão solicitou à Justiça a prorrogação do prazo para finalizar o inquérito que investiga a morte de Jerder Pereira da Cruz, de 35 anos, ocorrida no dia 28 de outubro de 2024, no bairro Novo Horizonte, em Paço do Lumiar, Região Metropolitana de São Luís.
Jerder foi agredido até a morte por um grupo de pessoas após apresentar comportamento violento e, segundo testemunhas, invadir uma igreja. Familiares afirmam que ele estava em surto psicótico no momento das agressões e criticam a forma como o caso foi tratado. A esposa da vítima, Fabiana Louzeiro, que estava grávida na época, acusa a Polícia Militar de omissão. Segundo ela, ao pedir ajuda, foi informada de que não se tratava de um caso policial e que deveria acionar o SAMU ou o Corpo de Bombeiros.
Desde a data do ocorrido, o caso está sob investigação da Delegacia do Maiobão, classificado como “morte a esclarecer”. Até agora, ninguém foi preso ou indiciado. A prorrogação do inquérito pode ser de até 30 dias, período em que os investigadores pretendem reunir novos elementos para elucidar os fatos.

De acordo com a família, Jerder havia sido diagnosticado com esquizofrenia, mas mantinha o quadro sob controle com medicação. Ele trabalhava como barbeiro e era responsável pela família, com quem teve dois filhos.
Na madrugada em que morreu, Jerder teve uma crise dentro de casa e deixou o local dizendo que ouvia vozes. Depois, foi visto quebrando objetos e assustando moradores. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que ele tenta fugir e entra em uma igreja, deixando rastros de sangue.
Fabiana relata que, ao reencontrar o marido, ele estava nu, amarrado e apresentava diversos sinais de agressão. Jerder ainda foi levado a um hospital, chegou a ser preparado para cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
A esquizofrenia é um transtorno mental grave que pode causar delírios, alucinações e alteração no comportamento. Durante uma crise, a pessoa perde a noção da realidade, o que exige atenção especializada e acolhimento adequado.
Confira a nota completa na íntegra:
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informa que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia do Maiobão, que solicitou, junto ao Poder Judiciário, uma dilação de prazo para a conclusão do inquérito policial.