O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, usou suas redes sociais nesta quarta-feira (18), para alertar a população de que criminosos estão usando seu nome e sua imagem para aplicar golpes em aliados políticos.
Segundo ele, os criminosos adicionaram sua foto a um número que não lhe pertence no WhatsApp com o intuito de extorquir dinheiro de prefeitos e aliados políticos.
“Pessoal, fui surpreendido com essas mensagens hoje. Estão tentando dar golpe em prefeitos e órgãos usando o meu nome. Deixo aqui o alerta de que ESSE CONTATO NÃO É MEU! E já estou acionando as autoridades competentes para verificar quem está fazendo isso. Não passarão!”, destacou o vice-governador.
Confira:
Quais são os golpes do WhatsApp?
1. Novo número ou perfil falso
Você já recebeu alguma mensagem com foto de um conhecido com a seguinte mensagem: “Oi, este é meu novo número, pode apagar o antigo”? É assim que se inicia esse golpe! Para dar mais credibilidade a mensagem e se fazer passar pela pessoa que diz ser, o golpista ainda utiliza fotos reais, roubadas do perfil pessoal da vítima.
Após ganhar a confiança do parente ou amigo que está do outro lado da conversa, o golpista começa inventar histórias de que está precisando de uma quantia de dinheiro naquele momento e que não pode esperar. Ele pode tentar extrair informações durante a conversa sem que o outro perceba, e utilizar esses dados para dar mais credibilidade a sua história.
Em casos onde o contato queira ligar ou fazer uma chamada de vídeo, é comum o criminoso se negar, relatando que está em um local sem sinal e que tem urgência na transferência. É interessante destacar que tudo acontece muito rápido e a pessoa que recebe a mensagem é envolvida na conversa e muitas vezes realiza a transferência.
2. Auxílio econômico falso
Neste tipo de golpe, os criminosos se passam por representantes de benefícios do governo, utilizando imagens e nomes dos órgãos federais para atrair suas vítimas. Geralmente o usuário recebe uma mensagem que tem direito a algum auxílio e para adquiri-lo ele precisa preencher um cadastro.
São solicitados então nome completo, data de nascimento, nacionalidade, RG, CPF, endereço residencial e até número do cartão da CAIXA. Essas informações podem ser vendidas, principalmente na Deep Web, ou usadas para invadir contas bancárias.
3. Golpes de phishing
O phishing está relacionado a todo golpe em que o criminoso personifica uma entidade confiável para se apoderar de informações pessoais. Elas podem ser adquiridas a partir de mensagens com arquivos contaminados, geralmente enviadas com mensagens falsas de promoções, cobranças, serviços e ofertas de domínios conhecidos.
A vítima, ao clicar no link, é redirecionada para páginas falsas e são orientadas a fornecer dados pessoais que vão ajudar os hackers a atingir seu objetivo.
ATENÇÃO: é importante ressaltar que as empresas das quais o nome são usados em situações de pishing, não têm culpa sobre o golpe e não podem ser resposabilizadas. Os criminosos costumam usar emails trocando algumas letras ou adicionando elementos (como “.” ou “_”) para criar um remetente crível para a vítima, mas não ache que é uma ação que parte da corporação.
4. Clonagem do número de WhatsApp
A vítima recebe uma mensagem ou uma ligação, geralmente com um conteúdo bastante convincente, para que ela envie o código de seis dígitos. Com esta sequência numérica, o golpista consegue clonar o número e ganha acesso total às conversas, agenda de contatos, grupos e demais informações compartilhadas.
Esse tipo de golpe coloca em risco você e toda sua lista de contato, pois a partir do seu WhatsApp o golpista pode pedir dinheiro para uma suposta emergência como se fosse você e se apoderar de informações que são pessoais.
5. Aplicativo de spyware
O spyware, também conhecido como “app espião” também é usado como ferramenta dos criminosos que agem pelo WhatsApp. O golpe funciona de forma semelhante ao de phishing, a diferença é que os links clicáveis direcionam a vítima para baixar algum programa, que na verdade, são spyware.
Após a instalação deste app, o hacker tem acesso total a todas as informações do seu celular, inclusive aos códigos de verificação do WhatsApp. E a partir disso abre-se as portas para a prática de outros diversos crimes como: chantagem, extorsão, fraudes bancárias, vazamento de dados pessoais, sequestro relâmpago, dentre outros.
6. Golpe de notícias falsas
As fake news são um desserviço à informação das pessoas e ao contrário da maioria dos outros golpes utilizados com fins financeiros, este tem o objetivo de manipular as pessoas para moldar uma opinião pública. A disseminação de notícias falsas é muito comum em crises sanitárias, como aconteceu na pandemia do Covid, eleições políticas e outros assuntos que polemizam e dividem opiniões.
Esse é um assunto tão sério para a plataforma do WhatsApp, que foram desenvolvidos recursos para tentar combater as fake news, como a lupa, que ajuda a checar a fonte do conteúdo no Google (disponível apenas em alguns países).
7. Golpe do falso emprego
Neste tipo de golpe a pessoa que está buscando um emprego, recebe uma mensagem com uma suposta vaga. Geralmente elas são muito atrativas, com ótimos salários, benefícios e condições de trabalho que se destacam no mercado – até demais para serem verdadeiras.
A partir dessa oferta, pode ser solicitado uma quantia em dinheiro para “confirmar a vaga” ou “descobrir qual a empresa contratante”. Este também pode ser um meio de enviar links e arquivos maliciosos.
8. Falsas atualizações do WhatsApp
O envio de falsas atualizações do WhatsApp também é uma das armadilhas utilizadas para golpes. Geralmente a mensagem se refere a um lançamento de uma nova versão ou novos recursos do aplicativo seguido por um link.
Ele direciona o usuário a versões alternativas e não oficiais como WhatsApp Rosa ou WhatsApp Plus, que instalam vírus no celular e dão acesso total aos hackers para espionar suas ações no aparelho e roubar dados pessoais.
Com informações ESET.COM