O professor Wesley Souza, de 38 anos, registrou um boletim de ocorrência na noite desta terça-feira (5), após ser alvo de ameaças de morte e mensagens com teor homofóbico em suas redes sociais.
De acordo com Wesley, as ameaças começaram após a instalação de um outdoor crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro, no bairro Renascença, em São Luís. A peça publicitária teria provocado uma série de reações ofensivas por parte de perfis nas redes sociais, incluindo contas falsas.
Entre as mensagens recebidas, o professor foi chamado de “viadinho” e recebeu frases como: “Vai chorar na delegacia, vamos te pegar, já temos sua localização” e “Já tem plano funerário, viadinho analfabeto?”, caracterizando ataques motivados por orientação sexual e conteúdo político.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e Wesley afirma que está colaborando com as autoridades para a identificação dos autores das ameaças.
Confira:
Relembre o caso:
O professor Wesley Souza, de 38 anos, que atua no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), instalou um outdoor com crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma das principais avenidas do bairro Renascença, em São Luís. A peça, que ganhou grande repercussão nas redes sociais e na cidade, exibe a frase: “Traidor da Pátria.”
Além de professor, Wesley também é músico, ativista político e já ocupou uma cadeira como suplente na Câmara Municipal de São Luís. A iniciativa dividiu opiniões e provocou reações tanto de apoiadores quanto de opositores do ex-presidente.
Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que trata da tentativa de golpe de Estado, e também é citado em investigações que apontam articulações com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para buscar apoio internacional contra instituições brasileiras, especialmente nos Estados Unidos.