Dayana Souza, de 33 anos, relatou em exclusividade ao portal SLZ.Online a tentativa de feminicídio cometida pelo ex-companheiro Heitor na madrugada do dia 10 de setembro, no bairro Andiroba, zona rural de São Luís. O suspeito teria aberto parte do telhado para invadir a casa e agredido também o filho de Dayana, de 12 anos, quando ele tentou defender a mãe das agressões. Mãe e filho foram atacados com golpes de arma branca e pauladas.
As vítimas foram socorridas em estado grave e encaminhadas ao Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão II), na Cidade Operária. De acordo com Dayana, o filho chegou a usar fraldas durante a recuperação e ainda apresenta dificuldades para mover o pescoço e se locomover.
Em vídeo enviado à reportagem, Dayana afirmou que o suspeito não foi preso: “Ele foi à delegacia, prestou depoimento e saiu pela porta da frente. Eu peço justiça. Estamos em pânico — minha voz ainda está abalada, estou me recuperando aos poucos, e ele está solto. Se hoje eu estivesse morta, meu filho, que tem apenas 12 anos, o que aconteceria? Peço às autoridades que tomem providências; não quero ser mais uma estatística de feminicídio no estado”, desabafou.
Segundo Dayana, o relacionamento com Heitor havia terminado meses antes do crime, e o ataque teria sido motivado por ciúmes e pela recusa dele em aceitar o fim do relacionamento. Ela relatou que, após abrir parte do telhado, o suspeito deixou a porta da geladeira aberta para chamá-la e surpreendê-la. Ele também teria tentado simular um assalto, pegando alguns objetos da casa para não levantar suspeitas.
Em nota, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou que, desde o dia do fato, vem prestando assistência às vítimas e dando continuidade às investigações. As vítimas foram beneficiadas com medidas protetivas de urgência, que impedem a aproximação do agressor, e foi requisitado o mandado de prisão contra o investigado. Contudo, a medida ainda não foi apreciada pelo Poder Judiciário.
Confira:
Solicitamos uma nota ao Tribunal de Justiça do Maranhão sobre por que o Poder Judiciário ainda não apreciou o mandado de prisão contra Heitor, considerando as provas apresentadas e os relatos das vítimas. Até a publicação desta matéria, não houve retorno.
Confira a nota completa da SSP-MA sobre o caso:
Em nota, a a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) por meio do Departamento de Combate ao Feminicídio (DCFN) informou que desde o dia do fato vem prestando assistência às vítimas, além de dar continuidade às investigações.
As vítimas foram beneficiadas com medidas protetivas de urgência, que impedem a aproximação do agressor.
A PC-MA ressalta que foi requisitado o mandado de prisão contra o investigado, contudo a medida ainda não foi apreciada pelo Poder Judiciário.