Na manhã desta segunda-feira (17), trabalhadores do Expresso Marina cruzaram os braços após chegarem para assinar a folha de pagamento e descobrirem que os salários não haviam sido depositados. Com o movimento, a empresa se junta à 1001, que já estava parada desde sexta-feira (14), ampliando o impacto no transporte público da Grande São Luís.
Com as duas paralisações, cerca de 270 ônibus deixaram de circular, dificultando o deslocamento de moradores de dezenas de bairros atendidos pelas duas empresas.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sttrema), Marcelo Brito, afirmou que a categoria não aceitará trabalhar sem a garantia do salário. Ele também alertou que outras empresas podem entrar em greve caso a situação financeira do setor não seja resolvida.
A crise se agravou após as empresas afirmarem que a Prefeitura de São Luís deixou de repassar cerca de R$ 7 milhões em subsídios, valor previsto para o início de novembro e considerado indispensável para quitar a folha.
A gestão municipal, por sua vez, mantém a posição de que só fará o repasse quando 100% da frota estiver nas ruas, apesar de uma decisão judicial vigente desde fevereiro determinar operação mínima de 80%.
Em nota, a SMTT disse que o impasse é responsabilidade das empresas e do SET, cabendo ao Município acompanhar o funcionamento do serviço. Já a MOB informou que o subsídio estadual do sistema semiurbano está regular e que não tem relação com questões trabalhistas.
Enquanto empresas e Prefeitura não chegam a um acordo, passageiros seguem enfrentando longas esperas e dificuldade para encontrar alternativas de deslocamento.

