O guarda municipal, identificado como Nivaldo Júnior, denunciou o comando de beneficiar agentes da corporação com remunerações que chegam a R$ 30 mil, mesmo sem a realização de horas extras, enquanto outros não têm acesso às escalas extraordinárias.
Durante um vídeo divulgado nas redes sociais, ele relata irregularidades na gestão da Guarda Municipal de São Luís, incluindo distribuição desigual de horas extras, perseguições e falta de apoio aos servidores.
Além disso, Nivaldo revelou ter sido agredido por servidor da Blitz Urbana, durante a comemoração dos 402 anos de São Luís.
O agente relatou que mesmo tendo sofrido as agressões foi afastado, enquanto o outro servidor permaneceu exercendo suas funções. O caso está sendo investigado.
Nivaldo também relatou punições injustas, como a suspensão de escalas após uma denúncia sobre a qualidade das refeições.
Outro ponto abordado foi a recente proibição de permutas, dificultando a vida pessoal dos guardas. “Isso é desumano, nos impede de ver nossas famílias no interior”, afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) esclareceu as declarações divulgadas no vídeo pelo guarda municipal.
Confira:
“A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informa que a escala de serviço dos guardas municipais é de 30 horas/semanais, por meio de revezamento, o que significa que horas extras só são concedidas conforme as necessidades do trabalho.
Como as horas extras, as permutas só ocorrem de acordo com as demandas do serviço.
É improcedente o que ele menciona no vídeo sobre “supersalários” decorrentes de hora extra, pois todos os servidores recebem seus vencimentos dentro da legalidade e sem favorecimentos pessoais.
Com relação ao que ele declara sobre o que aconteceu no Arraial da Cidade, as apurações em andamento indicam que aquilo que o servidor Nivaldo afirma no vídeo não corresponde à verdade. Testemunhas ainda estão sendo ouvidas no âmbito do processo referente a esse caso.
O guarda municipal Nivaldo está afastado do serviço devido a uma licença concedida pela gestão após atestados comprovando problemas psiquiátricos apresentados pelo próprio servidor.
Por fim, a Semusc repudia quaisquer declarações infundadas e reafirma o compromisso com a valorização dos guardas municipais e demais servidores”, diz a nota.
Por Jéssica Teixeira