A Justiça do Maranhão, seguindo uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o mandado de prisão contra Diego Henrique Marão Polary. O mandado foi suspenso na quinta-feira (26). Polary foi condenado pelo assassinato do advogado Brunno Eduardo Soares Matos, ocorrido em São Luís, em outubro de 2014.
O juiz Gilberto de Moura Lima, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, publicou o documento que determina a suspensão. Esta decisão foi tomada cinco dias após a Justiça do Estado ter ordenado a prisão de Diego Henrique para que cumprisse a pena de 10 anos relacionada ao caso.
Com essa nova determinação, Diego Henrique Marão Polary agora responde ao processo em liberdade. Em 2017, foi conduzido a julgamento e recebeu a sentença de 8 anos de prisão, que posteriormente foi ampliada para 10 anos. Após recorrer, a decisão de ampliação da pena foi mantida em 2019.
Contexto do Caso
Na madrugada de 6 de outubro de 2014, após uma festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), Brunno Eduardo Soares Matos, então com 29 anos, foi assassinado a facadas. O crime ocorreu no comitê de campanha do candidato, localizado no bairro Olho-d’Água, em São Luís.
Além de Brunno, seu irmão Alexandre Soares Matos e o amigo Kelvin Kim Chiang também foram feridos. Informações da polícia indicam que o crime pode ter sido resultado de uma discussão sobre o volume do som na festa.
Carlos Humberto Marão Filho, com 38 anos na época, foi inicialmente apontado como principal suspeito. No entanto, em 16 de outubro, o vigilante João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do assassinato. Ele declarou à polícia não se lembrar da ordem dos eventos, mas afirmou ser o responsável pelos golpes de faca.
Posteriormente, em 21 de outubro, o vigilante compareceu à sede da Ordem dos Advogados do Brasil da seccional do Maranhão (OAB-MA) e negou a autoria do crime. Afirmou ter sido coagido por um advogado a assumir a culpa e alegou ter recebido R$ 4,9 mil para se declarar culpado.