A doutora em Botânica e farmácia Terezinha de Jesus Almeida Silva Rêgo, mais conhecida como Terezinha Rêgo, morreu na madrugada desta sexta-feira (3). Ela estava internada em estado grave em um hospital particular de São Luís há uma semana, após sofrer uma queda e bater a cabeça.
De acordo com a família de Terezinha, após exames médicos, ela foi diagnosticada com pneumonia. A causa da morte foi uma insuficiência respiratória. Reconhecida como uma das mais influentes farmacologistas do país, seus tratamentos eram baseados em medicamentos naturais, marcando sua trajetória com contribuições significativas para a área.
Durante mais de cinco décadas, Terezinha Rêgo dedicou-se à docência na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde também coordenou o Herbário Ático Seabra, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Seu compromisso com a pesquisa em plantas medicinais resultou na catalogação de mais de 10.800 espécies da flora maranhense, grande parte delas provenientes de seu convívio na aldeia indígena Canela.
Além disso, a Dra. Terezinha Rêgo desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da fitoterapia no Brasil. Com doutorado em Botânica pela Universidade de São Paulo (USP), ela foi membro-fundadora da Academia Maranhense de Ciências e coordenadora do Pólo de Biotecnologia do Maranhão (MAR-BIO). Suas pesquisas resultaram na produção de medicamentos para combater a pneumonia asiática na China.
Desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020, a professora interrompeu suas atividades no laboratório da UFMA, mas seu legado permanece como inspiração para as futuras gerações de cientistas.
Velório e cremação:
O velório da professora Terezinha Rêgo será realizado a partir das 9h, no Salvatore Funeral Home, localizado na Avenida Avicênia, bairro Calhau, em São Luís. Após as homenagens, o corpo será cremado na parte da tarde.
Com sua partida, a comunidade acadêmica lamenta profundamente a perda de uma mentora e pesquisadora incansável, cujo trabalho deixou um impacto duradouro na ciência brasileira.