A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou, nesta quinta-feira (10), o falecimento do PM Carlos Bahia Santos. O policial estava internado em estado grave no Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís.
A causa do óbito está sob investigação pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Instituto Médico Legal (IML). O soldado Carlos Bahia Santos era integrante do 26º BPM de Açailândia e recentemente havia denunciado ser vítima de práticas homofóbicas e de tortura por colegas da própria corporação.
Relembrando o caso, o policial denunciou ter sido abordado, em sua residência, por colegas da corporação que o acusavam de abandono de posto. Segundo o Boletim de Ocorrência, registrado em 27 de junho, ele foi surpreendido e retirado abruptamente de casa, estando apenas envolto em uma toalha. Em sequência, os agressores invadiram sua casa e revistaram os cômodos sem autorização, sob alegações de abuso de autoridade, invasão de domicílio e lesão corporal.
Após a denúncia, o comando do 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Açailândia passou por uma mudança. O novo comandante, ao ser informado dos acontecimentos, iniciou um processo administrativo para investigar as alegações.
A Rede Cidadania de Açailândia, organização voltada à defesa dos direitos humanos, divulgou uma carta supostamente escrita pelo próprio PM, onde ele relata a negligência enfrentada e sua luta contra a depressão. Em um trecho emocionante, ele declara: “Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura… Fui esquecido pelos meus irmãos”.
A morte do PM e os eventos que a antecederam levantaram debates acerca da integridade física e mental dos membros das forças de segurança. O trágico caso reforça a urgência de medidas preventivas e corretivas para garantir o bem-estar e os direitos desses profissionais.
Confira a nota:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o paciente Carlos Bahia Santos faleceu nesta quinta-feira (10). A causa da morte está sendo apurada pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Instituto Médico Legal (IML). A SES lamenta o falecimento e se solidariza com familiares e amigos.
Investigação
Sobre as investigações, a Polícia Militar reitera que as investigações abertas com o procedimento administrativo seguem em andamento. Reforça, ainda, que não coaduna com qualquer prática de intolerância, visto que, a discriminação, seja racial, de gênero, religiosa ou por orientação sexual, não faz parte dos valores adotados pela corporação.