A greve dos rodoviários chegou ao sexto dia nesta quarta-feira (19) e continua impactando a rotina de quem depende do transporte público. Com duas empresas ainda paralisadas, linhas importantes permanecem fora de circulação e vários bairros da Grande São Luís seguem sem ônibus, obrigando trabalhadores a buscar alternativas mais caras para se deslocar.
Um usuário relatou que, mesmo com o cupom oferecido pela Prefeitura, os valores das corridas continuam altos. Ele informou que uma viagem de moto, que normalmente custaria menos de R$ 18, saiu por R$ 56,60, reduzidos para R$ 26,60 com o desconto. Já no carro, o valor mais baixo encontrado foi de R$ 99,20, que caiu para R$ 69,20 após aplicar o cupom. Segundo ele, os preços se tornaram inviáveis para quem precisa se deslocar diariamente entre São Luís e São José de Ribamar. “Trabalhar longe é triste, mesmo com o cupom da Prefeitura vou pagar mais caro”, comentou.
Na terça-feira (18), o Sindicato dos Rodoviários participou de uma reunião com o presidente da MOB, Adriano Sarney, para discutir o impasse envolvendo as empresas 1001 e Marina. O presidente do sindicato, Marcelo Brito, afirmou que o subsídio estadual está em dia e criticou a postura das empresas.
“O subsídio do Estado não está atrasado, nunca esteve. Mas o empresário sempre cria desculpas. Já o subsídio do município precisa ser esclarecido. Precisamos que alguém se pronuncie, que conversem conosco”, declarou.
A Justiça do Trabalho intimou o SET a comprovar, em até 48 horas, o pagamento de salários e vale-alimentação referentes a outubro de 2025, após denúncia de descumprimento de decisão que fixou reajuste salarial e vale. O desembargador Luiz Cosmo classificou a nova paralisação como grave e alertou que a falta de comprovação pode gerar multa diária ao sindicato patronal.
Também nesta semana, a Justiça do Trabalho extinguiu, sem julgamento do mérito, a ação da Prefeitura de São Luís que buscava depositar R$ 2 milhões relativos ao subsídio do transporte. A juíza responsável afirmou que o caso deve ser analisado diretamente pelo TRT-16, que concentra todas as decisões relacionadas ao dissídio coletivo do sistema de transporte da capital.
Veja as linhas de ônibus afetadas
O Expresso Marina opera com as seguintes linhas de ônibus: Vila Cascavel, Mato Grosso, Tajipuru, Tajaçuaba, Vila Vitória, Cajupary/Nova Vida, Vila Aparecida, Cidade Olímpica, Santa Clara, Socorrão Rodoviária, São Raimundo/Bandeira Tribuzzi, Uema Ipase, Janaína Riod, Cidade Operária/São Francisco, José Reinaldo Tavares, Maiobinha, Tropical/Santos Dumont, Tropical/São Francisco.
Cerca de 15 bairros são afetados com a greve na 1001, que foi iniciada na última sexta-feira (14). Veja quais:
1. Ribeira
2. Viola Kiola
3. Vila Itamar
4. Tibiri
5. Cohatrac
6. Parque Jair
7. Parque Vitória
8. Alto do Turu
9. Vila Lobão
10. Vila Isabel Cafeteira
11. Vila Esperança
12. Pedra Caída
13. Recanto Verde
14. Forquilha
15. Ipem Turu
