Um tenente da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), identificado como Leandro Maluf Gomes, 38 anos, foi preso na tarde deste sábado (26) sob a acusação de envolvimento em um tiroteio ocorrido no dia 12 de agosto, que resultou na morte de um homem em um bar no bairro Parque Araçagi, em São José de Ribamar, Região Metropolitana de São Luís.
Segundo informações da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), o tenente Gomes passou a noite em companhia de uma mulher, consumindo álcool em diferentes bares da região. Ele iniciou a noite na Península da Ponta d’Areia, em São Luís, se deslocando posteriormente para outro estabelecimento no bairro Cohama, antes de ir ao ‘Bar do Carlinhos’, onde o crime ocorreu.
Gomes, lotado no 40º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e visivelmente embriagado, começou a disparar contra pessoas que estavam no bar. Uma das vítimas, José Antônio Rodrigues Cordeiro, conhecido como ‘Kiko’, foi alvejado nas costas e faleceu no local. Outras três pessoas sobreviveram aos disparos.
Após o incidente, a PC-MA representou pela prisão preventiva de Gomes, deferida prontamente pela Central de Inquéritos e Custódia. Entretanto, um Habeas Corpus revogou a ordem de prisão três dias depois. O mesmo juiz que concedeu o Habeas Corpus reverteu sua decisão e emitiu um novo mandado de prisão, cumprido hoje em uma clínica psiquiátrica onde Gomes está internado.
O comando da PMMA está ciente do caso e realiza a custódia do tenente na própria clínica. “Estamos conduzindo uma sindicância para apurar o desvio de conduta do tenente, que já foi afastado do serviço operacional”, disse o subcomandante-geral da PMMA, Ivaldo Rodrigues.
Histórico de Violência
Leandro Maluf Gomes já tem em seu histórico registros de violência, ameaça e violência doméstica. Ele também já foi detido por dirigir embriagado.
De acordo com Ivônio Ribeiro, delegado da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoal (SHPP), que acompanha o caso, o inquérito policial será concluído nos próximos dias. “Ele terá todo o direito de ampla defesa. O caso deve ser apurado pela Polícia Civil, pois não se trata de um crime militar”, concluiu Ivaldo Rodrigues.