Começou na manhã desta quinta-feira (24) a greve dos professores das universidades estaduais do Maranhão: Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASul). O movimento grevista fechou o portão de acesso ao campus da UEMA em São Luís, onde manifestantes exibiram faixas e cartazes.
Os docentes, representados pela Seção Sindical dos Docentes das Universidades Estaduais Públicas do Maranhão (Sinduema SSind do ANDES-SN), reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Segundo dados do sindicato, desde julho de 2012 a fevereiro de 2023, os professores sofreram uma defasagem salarial de 50,28%.
Outra pauta importante do movimento é a realização urgente de concursos públicos para a contratação de novos professores efetivos. De acordo com os manifestantes, o atual quadro de professores está “extremamente desfalcado”.
O Sinduema também levanta preocupações sobre o tratamento dado a professores já concursados e aprovados, que, de acordo com a entidade, nunca foram nomeados ou convocados, sem qualquer explicação oficial. A situação também se reflete na quantidade de professores substitutos com contratos temporários, que sofrem com excesso de carga horária e assédio moral.
Após tentativas frustradas de diálogo com o governo do estado, o sindicato viu na greve a única alternativa para chamar atenção para os problemas enfrentados pelos docentes.
Em resposta, o Governo do Maranhão informou que mantém o canal de diálogo aberto com os professores e está realizando estudos para avaliar o impacto dos reajustes salariais. O objetivo, segundo a nota oficial, é garantir a equidade e valorização das carreiras dentro dos limites orçamentários e em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Confira a nota completa na íntegra:
O Governo do Maranhão informa que mantém aberto o canal de diálogo com os docentes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL).
Ao mesmo tempo, ressalta que está realizando estudos sobre as carreiras dos servidores públicos estaduais, bem como sobre concursos válidos, nomeações realizadas e cargos vagos, a fim de avaliar o impacto dos reajustes. O objetivo é garantir a equidade e valorização das carreiras, levando em consideração os limites orçamentários e as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.