A paralisação dos professores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina (UEMASUL) completa nesta sexta-feira (22), um mês. A greve está afetando diretamente milhares de estudantes que manifestam preocupação com a suspensão das aulas e o consequente atraso no calendário acadêmico.
O movimento grevista teve início em 24 de agosto, com reivindicações pontuais direcionadas ao governo estadual. Entre elas, destaca-se a demanda por um novo concurso público, visando à recomposição do quadro docente; a efetiva nomeação de professores já aprovados em certames anteriores; e investimentos significativos na infraestrutura dos campi.
Além desses pontos, o Sindicato dos Professores da UEMA e UEMASUL alçou a bandeira por um reajuste salarial de 50,28%, alegando que os vencimentos da categoria estão defasados há uma década. A entidade sindical também trouxe à tona uma preocupante informação financeira: a retirada de R$ 168 milhões do orçamento das universidades estaduais pelo governo no primeiro semestre de 2023, um movimento que, segundo eles, contribui para o “sucateamento” das instituições.
Em meio a esse cenário de tensionamento e busca por soluções, o Ministério Público do Maranhão sinalizou a intenção de intermediar o diálogo, agendando uma audiência pública para facilitar as negociações entre as partes envolvidas.
Em nota, o Governo do Maranhão diz que ouviu as demanda dos docentes da UEMA e UEMASUL e as negociações com a categoria continuam. O governo afirmou ainda que está estudando a ‘viabilidade das propostas apresentadas’, para ‘garantir a equidade e valorização das carreiras’, levando em consideração os limites orçamentários e as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.