O 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou Rafael Reis Silva a 28 anos de reclusão pelos assassinatos de sua companheira, Girley do Bom Parto Sampaio Barbosa, e do vizinho Anderson Chaves Soares. O crime ocorreu no dia 24 de dezembro de 2022, na cidade de Vitória do Mearim (MA). Após o julgamento nesta quarta-feira (4), no Fórum Des. Sarney Costa, em São Luís, o acusado foi encaminhado para a Penitenciária de Pedrinhas, onde cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, na véspera do Natal, por volta das 10h30, Rafael Reis Silva usou uma arma de fogo para assassinar Girley do Bom Parto Sampaio Barbosa na residência onde vivia com ela, em um contexto de violência doméstica e na presença da filha do casal. Anteriormente, em uma via pública próxima à sua casa, ele também matou a tiros Anderson Chaves Soares. O crime foi motivado pela suspeita do acusado de que as vítimas mantinham um relacionamento amoroso.
Após os homicídios, Rafael Reis Silva, acompanhado de Marcos Vinícius Saraiva Almeida, fugiu em uma motocicleta para o município de Pio XII. Durante a fuga, em uma área rural de Vitória do Mearim, Rafael subtraiu o automóvel de Célio de Nazaré Vieira, utilizando-o para continuar a fuga sob ameaça com arma de fogo.
Rafael Reis Silva foi também condenado a três meses de detenção e 10 dias-multa pelo crime de constrangimento ilegal contra Célio de Nazaré Vieira, conforme o artigo 146 do Código Penal. Marcos Vinícius Saraiva foi condenado a um mês de detenção e 10 dias-multa por auxiliar na fuga (artigo 348 do Código Penal), com a pena substituída por prestação de serviços à comunidade.
Patrícia Gomes da Silva, acusada de auxiliar o autor do crime, foi absolvida pelos jurados. Marcos Vinícius e Rafael Reis foram capturados em um hotel na cidade de Pio XII dois dias após a fuga.
O julgamento foi presidido pelo juiz Clésio Coelho Cunha e contou com a participação do promotor de Justiça Raimundo Benedito Barros Pinto e da defesa composta pelos advogados Thales Pereira Dias, Adriano Campos e Shyntia Pereira. Rafael Reis Silva confessou a autoria dos crimes durante o interrogatório. O juiz negou ao réu o direito de recorrer da decisão em liberdade e revogou a prisão preventiva de Marcos Vinícius Saraiva.