Quer conhecer de fato a história de Alcione, a ‘Marrom’? Está em cartaz em homenagem aos seus 50 anos de carreira a exposição “Com Amor, Alcione”, no Centro Cultural Vale Maranhão, no Centro Histórico.
A exposição possui mais de 300 fotos do acervo de Alcione, além de figurinos emblemáticos de várias fases da Rainha do Brilho, discos e objetos pessoais. Além de
dezenas de prêmios recebidos ao longo de sua rica trajetória, que gravou 42 álbuns, ganhou 26 discos de ouro, 7 de platina e dois de platina duplos, além de DVDs.
A exposição ficará aberta até o dia 30 de agosto. O CMV fica na Av. Henrique Leal 149, Praia Grande, e possui entrada gratuita. O local fica aberto de terça a sábado, das 10h às 19h, exceto feriados.
Um Brasil em tom Marrom
Alcione assombrou o público com seus sopros e com sua voz, colorindo o samba com todas as tonalidades possíveis. Todas as cores da Marrom estão presentes na exposição que tem a curadoria de Deyla Rabelo, Gabriel Gutierrez e Luciana Gondim. “Durante o processo de pesquisa, fomos percebendo que a obra de Marrom é uma grande dedicatória ao amor e principalmente às mulheres. Tudo o que Alcione cantou e tocou foi dedicado. Assim, pensamos a exposição como uma dedicatória carinhosa que trata da obra e vida da artista. O visitante é convidado a sentir esse afeto e, por ele, entender a importância revolucionária da artista para a cultura maranhense, brasileira e mundial”, explica Deyla.
O Maranhão está sempre presente, inclusive na expressão de sua religiosidade difusa, na forma de um altar construído com base nos relatos sobre as suas crenças.
O público também vai interagir com a obra da cantora, com jukebox exclusiva que traz a trilha sonora completa de Alcione, e um karaokê para os visitantes soltarem a voz com seus clássicos. A exposição também traz elementos maranhenses, como os mourões de Bumba Meu Boi, que nas cores verde e rosa ganham ares da escola de samba preferida da cantora da Mangueira. O brilho está por toda parte, fazendo jus à estética marcante e única fundada por Alcione.
Nessas cinco décadas, o roteiro inesperado conjuga a sambista que sobe as ladeiras do Morro de Mangueira, a amante do bolero que canta nos recantos chiques de São Paulo e a brincante que gira ao som das matracas do bumba meu boi. “Alcione tem um estilo único, resultado do diálogo entre as bases culturais maranhenses e todas as outras influências que adquiriu Brasil afora. Com essa exposição, o Instituto Cultural Vale celebra não só seu talento inigualável, mas também a diversidade das muitas culturas que formam a nossa cultura”, comenta Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.