Um aluno do Centro Educa Mais Cidade de São José de Ribamar levantou uma preocupação urgente: os funcionários da escola estão sem receber seus salários há quatro meses. Esse atraso, segundo o estudante, tem refletido diretamente na qualidade da educação. A instituição, tradicionalmente conhecida por seu ensino em tempo integral, agora está ministrando apenas um turno de aulas.
No início deste ano, eles já haviam enfrentado interrupções devido à greve dos professores. “Primeiro, foi a greve e, agora, este atraso no pagamento. Estamos sendo prejudicados novamente”, lamenta o aluno.
O prédio da escola, que passa por reformas, também sentiu o impacto do não pagamento. As obras, destinadas a melhorar a infraestrutura para os estudantes, estão paralisadas.
Confira:
Relembre a greve no início do ano:
A greve dos professores, mencionada pelo estudante, foi um capítulo à parte. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma) interrompeu as atividades em 27 de fevereiro e, após um mês, em 30 de março, decidiu pela suspensão da greve. A decisão veio na esteira da determinação do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), que decretou a ilegalidade da paralisação e exigiu o retorno imediato dos docentes às salas de aula.
Raimundo Oliveira, diretor do Sinproesemma, em pronunciamento nas redes sociais, comunicou a aceitação, por parte do sindicato, do reajuste de 11%, proposto em duas parcelas pelo Governo do Maranhão. Inicialmente, a categoria pedia 14,95%, alinhado ao Piso Nacional atualizado em janeiro.
Por sua vez, o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), argumentou que conceder o reajuste originalmente reivindicado comprometeria as finanças do estado, considerando os limites orçamentários estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “O reajuste de 11% proposto está no limite orçamentário, demonstrando nosso compromisso com a responsabilidade fiscal”, declarou Brandão.