A idosa Camélia Rosa Lopes, de 81 anos, dona da casa em que foi encontrada uma ossada humana, no início da tarde dessa sexta-feira (25), no bairro Cohaserma, em São Luís, deveria estar sendo cuidada por um curador designado pela Justiça.
“Um curador foi legalmente constituído pela Justiça. Portanto, a partir deste momento, as autoridades precisam interrogar essa pessoa para esclarecer o que realmente aconteceu com Dona Camélia,” declarou Deborah Cartágenes, presidente da Comissão Estadual do Direito da Pessoa Idosa.
Ainda não foi confirmado se a ossada pertence a Camélia, que está desaparecida. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) está sendo elaborado para possível confirmação, embora o resultado possa demorar semanas.
Camélia ficou conhecida na comunidade como uma ávida protetora dos animais, criando cerca de 150 cães em sua residência. “Dona Camélia era uma pessoa solitária e inteiramente devotada a esses animais,” informou a delegada do Meio Ambiente, Débora Aiara.
A presença de tantos cães em sua casa levou a Delegacia do Meio Ambiente a abrir um inquérito para a retirada gradativa dos animais, após reclamações de vizinhos sobre sujeira e barulho.
Após o possível falecimento de Dona Camélia, os cães serão avaliados por veterinários e disponibilizados para adoção.
Ossos foram encontrados na área externa da casa de Camélia, e havia sinais de sangue numa rede dentro da residência. “Todas as informações ainda são preliminares. Nenhuma linha de investigação será descartada,” concluiu a delegada Débora Aiara.