A Justiça manteve as prisões preventivas do prefeito de Turilândia, Paulo Curió (União Brasil), da primeira-dama Eva Curió, da ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima, do marido dela, Marlon Serrão, e do contador da prefeitura, Wandson Barros. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na quarta-feira (24), em São Luís.
O Plantão Judiciário Criminal da Comarca da Ilha de São Luís entendeu que os mandados de prisão, expedidos pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), estão regulares e não apresentam ilegalidades que justifiquem a liberação dos investigados. Com isso, todos foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde permanecem à disposição do Poder Judiciário.
Além deles, cinco vereadores que tinham mandados de prisão em aberto se apresentaram nesta quinta-feira (25) na Unidade Prisional de Pinheiro (UPPHO). São eles: Gilmar Carlos (União Brasil), Savio Araújo (PRD), Mizael Soares (União), Inailce Nogueira (União) e Ribinha Sampaio (União). Os parlamentares seguem custodiados e aguardam a instalação de tornozeleiras eletrônicas para o cumprimento de prisão domiciliar.
As prisões estão relacionadas à Operação Tântalo II, deflagrada na última segunda-feira (22) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão (MPMA). A ação é a segunda fase de uma investigação iniciada em fevereiro deste ano.
De acordo com o MPMA, o grupo investigado é suspeito de integrar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 56 milhões dos cofres públicos de Turilândia, com atuação principalmente nas áreas da Saúde e da Assistência Social. O esquema envolveria agentes políticos, empresários, servidores públicos e vereadores.
As investigações apontam que Paulo Curió teria papel central no esquema, com atuação direta na ordenação de despesas e no direcionamento de contratos. A ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima é citada como integrante do núcleo empresarial, enquanto Wandson Barros aparece como operador financeiro, responsável pela movimentação dos recursos.
Empresas como Posto Turi, Luminer Serviços, Climatech Refrigeração, SP Freitas Júnior, JEC Empreendimentos e Potencial Empreendimentos são citadas nos autos como utilizadas para emissão de notas fiscais sem a efetiva prestação de serviços.
A Justiça também autorizou medidas de busca e apreensão na Câmara Municipal, diante da suspeita de envolvimento de parlamentares no esquema.

